03 agosto 2011

Educação de Filhos: Uma Orientação aos Pais Cristãos


Num período da Roma antiga, era costume dos pais romanos serem os primeiros educadores de seus filhos.  Na primeira infância (até os seis anos de idade) a criança era educada pela mãe e, depois, era passada para os cuidados educacionais do pai. Tanto o servo-pedagogo como o mestre-escola eram alijados do processo de formação da consciência das crianças romanas no que diz respeito às normas da classe e da sociedade, bem como no que concerne às crenças e valores.
 
Nos tempos do Imperador Tibério, a criança, depois dos sete anos, ia para a escola do ludimagister para aprender as primeiras letras; aos doze anos, freqüentava a escola do grammaticus (lugar onde aprendia geografia, história, gramática etc) e, a partir dos dezesseis anos, ela freqüentava a do lector (nível superior).
A semelhança dos pais da Roma antiga, os pais cristãos também enviam seus filhos para a escola. É evidente que eles estão corretos quanto a isso, pois é na escola que seus filhos terão acesso ao conhecimento sistematizado, um direito inalienável. No entanto, apenas enviá-los a escola não põe  fim às responsabilidades deles quanto a este mister. Acompanhar a vida estudantil de seus filhos é um dever permanente dos pais. Essa atenção precisa se dar em várias instâncias, porém, a que me interessa citar aqui esta relacionada ao conhecimento do conteúdo dos livros didáticos e ao que é dito em sala de aula.
Não existe educação neutra. O ato de educar dentro do espaço escolar sempre corresponderá a ideologias. Isto é líquido e certo. No entanto, ultimamente, as tentativas governamentais de impor uma educação para formação de ativistas nas instituições públicas são explícitas e vergonhosas. O meio para chegar a este fim tem sido a confecção de livros didáticos com conteúdos que correspondam aos anseios totalitários e controladores do Estado chefiado pelo PT. O Senador Demóstenes (DEM/GO) Torres no Plenário do Senado falou sobre isso (veja aqui).
As incursões do governo para a doutrinação de estudantes do ensino fundamental (séries iniciais e finais, por exemplo) objetivam, também, solapar valores judaico-cristãos presente no tecido social (vide propostas relacionadas à sexualidade como o “Kit Gay”). Como sou favorável ao envio e a manutenção dos filhos no sistema educacional formal, acredito que a única maneira dos pais cristãos se oporem aos estratagemas alienantes do governo é portarem-se como os romanos antigos que educavam seriamente seus filhos em casa com vistas à preservação dos valores e crenças que lhes eram caros. O ato educativo também ocorre em casa. Aliás, é o seio familiar o primeiro ambiente onde a educação se dá. Perguntar sistematicamente aos filhos o que anda ensinando os professores e analisar os livros didáticos são atitudes indispensáveis nessa guerra pela educação de nossas crianças e preservação dos valores eternos no coração delas. Não há espaço para desleixos!
Sei que muitos pais cristãos não possuem formação acadêmica para penetrar em conteúdos doutrinadores e ideológicos. Porém, acredito que o labor para inculcar nas crianças cristãs a necessidade da vivência e da manutenção do conteúdo do Evangelho deve preocupar também as comunidades e os líderes cristãos. Nesse sentido, os mais preparados precisam auxiliar os mais vulneráveis.
Plutarco, escrevendo sobre como Roma “domou” os espanhóis, disse:
  • “As armas não tinham conseguido submetê-los a não ser parcialmente; foi a educação que os domou.”
Senhores pais cristãos, separem tempo para educar seus filhos e para desconstruir, caso seja necessário, os arranjos ideológicos de um governo que objetiva tomar os vossos lugares na educação de seus rebentos e fazer deles seus militantes alienados.
Por Zwinglio Rodrigues